terça-feira, 28 de julho de 2015
II Brazilian Pilates Meeting 2015 (II Encontro Brasileiro de Pilates 2015)
Job done! My thanks to Voll Pilates Group for one more opportunity to translate, learn, meet friends again and make new ones. Looking forward to the next year's edition!It was indeed another excellent time learning with Brent D. Anderson about Pilates as the modern pill for low back pain and also and update about orthopaedic spine surgeries.
Trabalho terminado! Meus agradecimentos ao grupo Voll por mais uma oportunidade de traduzir, aprender, reencontrar amigos e fazer novos. Ansioso pela edição do próximo ano!Foi sem sombra de dúvida outro excelente tempo de aprendizado com Brent D. Anderson sobre Pilates como a pílula moderna para dor lombar bem como uma atualização em cirurgias ortopédicas de coluna.
terça-feira, 14 de julho de 2015
"Text neck" (Pescoço de texto) - Um vilão silencioso
Os problemas de saúde causados pelo uso de smartphone e como evitá-los
O celular é quase um companheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia - mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar danos ao corpo humano.
Se você sente constantes dores de cabeça, um couro cabeludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso indevido do smartphone.
Especialistas dizem que são cada vez mais comuns os casos de "text neck" - "pescoço de texto" em tradução livre -, dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posição indevida para visualizar a tela do celular. Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, a "pescoço de texto" também pode levar a dores no braço e no ombro. "O que estamos vendo são cefaleias cervicogênicas", afirmou. Ela diz que o problema vem de tanto inclinar a cabeça para frente da tela do celular, e isso cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço.
Esse problema pode se agravar e, em alguns casos, pode levar a uma condição conhecida como nevralgia occipital.
É uma condição neurológica em que os nervos occipitais – que vão do topo da medula espinhal até o couro cabeludo – ficam inflamados ou lesionados. Ela pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca.
"Cerca de 30% dos nossos pacientes que vemos têm nevralgia occipital", disse a osteopata Lola Phillips. "Você tende a ter esse problema quando usa muito tablets, laptops ou smartphones. Você começa a sentir uma tensão na parte da frente do pescoço e uma fraqueza na parte de trás dele." A dor pode ser intensa, como se o pescoço estivesse "queimando", e começa na base da cabeça, se estendendo por toda a parte superior, no couro cabeludo. Geralmente, as dores começam na parte de trás da cabeça, no nervo occipital, mas às vezes elas ficam localizadas mais na parte da frente, acima dos olhos.
"Raios de dores"
Adam Clark Estes começou a sentir dores de cabeça alguns meses atrás. Segundo ele, a dor é intensa. "É como se fosse a dor de uma ressaca forte. Você sente a cabeça latejando."
"Como se alguém tivesse me golpeado na cabeça com um cano de aço quente enviando raios de dores lancinantes no crânio", conta.
Você pode sentir a dor em um dos lados da cabeça ou nos dois, e até atrás dos olhos quando movimenta o pescoço.
O conselho para curar o problema é mudar de postura na hora de mexer no celular – e evitar o uso excessivo dele. "Quem sofre disso deveria pensar em adotar posturas diferentes quando estiver usando o celular. Sentar na vertical, por exemplo, e levantar o celular ou usar um suporte para ele ficar em uma altura mais adequada", explica a osteopata Lola Phillips.
"É preciso ter mais disciplina com o uso do telefone também", reitera.
Fonte:
BBC - Brasil
http://www.bbc.com/portuguese/notícias/2015/06/150622_dores_smartphones
O celular é quase um companheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia - mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar danos ao corpo humano.
Se você sente constantes dores de cabeça, um couro cabeludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso indevido do smartphone.
Especialistas dizem que são cada vez mais comuns os casos de "text neck" - "pescoço de texto" em tradução livre -, dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posição indevida para visualizar a tela do celular. Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, a "pescoço de texto" também pode levar a dores no braço e no ombro. "O que estamos vendo são cefaleias cervicogênicas", afirmou. Ela diz que o problema vem de tanto inclinar a cabeça para frente da tela do celular, e isso cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço.
Esse problema pode se agravar e, em alguns casos, pode levar a uma condição conhecida como nevralgia occipital.
É uma condição neurológica em que os nervos occipitais – que vão do topo da medula espinhal até o couro cabeludo – ficam inflamados ou lesionados. Ela pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca.
"Cerca de 30% dos nossos pacientes que vemos têm nevralgia occipital", disse a osteopata Lola Phillips. "Você tende a ter esse problema quando usa muito tablets, laptops ou smartphones. Você começa a sentir uma tensão na parte da frente do pescoço e uma fraqueza na parte de trás dele." A dor pode ser intensa, como se o pescoço estivesse "queimando", e começa na base da cabeça, se estendendo por toda a parte superior, no couro cabeludo. Geralmente, as dores começam na parte de trás da cabeça, no nervo occipital, mas às vezes elas ficam localizadas mais na parte da frente, acima dos olhos.
"Raios de dores"
Adam Clark Estes começou a sentir dores de cabeça alguns meses atrás. Segundo ele, a dor é intensa. "É como se fosse a dor de uma ressaca forte. Você sente a cabeça latejando."
"Como se alguém tivesse me golpeado na cabeça com um cano de aço quente enviando raios de dores lancinantes no crânio", conta.
Você pode sentir a dor em um dos lados da cabeça ou nos dois, e até atrás dos olhos quando movimenta o pescoço.
O conselho para curar o problema é mudar de postura na hora de mexer no celular – e evitar o uso excessivo dele. "Quem sofre disso deveria pensar em adotar posturas diferentes quando estiver usando o celular. Sentar na vertical, por exemplo, e levantar o celular ou usar um suporte para ele ficar em uma altura mais adequada", explica a osteopata Lola Phillips.
"É preciso ter mais disciplina com o uso do telefone também", reitera.
Fonte:
BBC - Brasil
http://www.bbc.com/portuguese/notícias/2015/06/150622_dores_smartphones
quinta-feira, 23 de abril de 2015
NOVA TURMA - Curso IRB Pilates na Gestação
O período gestacional é acompanhado de alterações fisiológicas e estruturais. Entender e minimizar tais alterações é um desafio para o profissional de saúde que trabalha com movimento. Um bom trabalho preventivo, por meio de exercícios específicos, assegura um pré-natal tranquilo e livre de complicações.
Elaborado a partir de Guidelines (diretrizes ou recomendações) Internacionais de Ginecologia e Obstetrícia Médica, pesquisas científicas e experiência clínica em exercício e gestação, este curso possui o intuito de capacitar profissionais da área da saúde a prescrever e aplicar exercícios para gestantes baseados no Método Pilates.
GARANTA SUA VAGA EM NOSSO SITE: www.institutorb.com.br
Faça sua inscrição pelo canal CONTATO (localizado na página inicial), completando com suas informações e frase: QUERO PARTICIPAR DO CURSO! , e aguarde o contato de nossa equipe em até 48 horas.
Elaborado a partir de Guidelines (diretrizes ou recomendações) Internacionais de Ginecologia e Obstetrícia Médica, pesquisas científicas e experiência clínica em exercício e gestação, este curso possui o intuito de capacitar profissionais da área da saúde a prescrever e aplicar exercícios para gestantes baseados no Método Pilates.
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quarta-feira, 1 de abril de 2015
Pilates para praticantes de Ballet
Ballet é uma arte que demanda excelência em treinamento, condicionamento e disciplina. Atualmente existe uma crescente apreciação da atuação do fisioterapeuta como parte da equipe que cuida da saúde do dançarino. A importância da participação desse profissional no Ballet se torna mais evidente com base no alto índice de bailarinos com lesão e no crescente número de publicações de estudos científicos realizados por fisioterapeutas desde a década de 80. Muitos dos autores dessas pesquisas fornecem consultoria para companhias internacionais de Ballet.
A prevalência de lesões contabiliza 65- 80% para membros inferiores, 10-17% para coluna e dentre 5-15% de membros superiores. O desequilíbrio muscular, por exemplo, é um dos fatores responsáveis por lesões, já que a ênfase dos movimentos é dada em flexão, rotação externa e abdução de quadril. Esse desequilíbrio altera a flexibilidade de tecidos moles (músculos, cápsula articular e ligamentos) da região lombo-pélvica e das articulações do quadris, tornando-as suscetíveis a lesões.
Uma intervenção precoce é fundamental para que haja prevenção. Tal intervenção pode consistir de exercícios de Pilates com foco em alongamento e fortalecimento dos grupos musculares apropriados, mediante uma avaliação criteriosa e individual de cada dançarino.
A prevalência de lesões contabiliza 65- 80% para membros inferiores, 10-17% para coluna e dentre 5-15% de membros superiores. O desequilíbrio muscular, por exemplo, é um dos fatores responsáveis por lesões, já que a ênfase dos movimentos é dada em flexão, rotação externa e abdução de quadril. Esse desequilíbrio altera a flexibilidade de tecidos moles (músculos, cápsula articular e ligamentos) da região lombo-pélvica e das articulações do quadris, tornando-as suscetíveis a lesões.
Uma intervenção precoce é fundamental para que haja prevenção. Tal intervenção pode consistir de exercícios de Pilates com foco em alongamento e fortalecimento dos grupos musculares apropriados, mediante uma avaliação criteriosa e individual de cada dançarino.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Dicas para evitar problemas na coluna cervical
ESTRESSE EXCESSIVO
Bilhões de pessoas em todo o planeta utilizam aparelhos celulares, essencialmente em má postura. Em geral, o indivíduo adota uma postura com cabeça e ombros inclinados à frente. Uma boa postura cervical é definida a partir de um alinhamento de orelhas e ombros, com ombros e escápulas levemente retraídos (direcionados para trás).
A cabeça pesa em média de 10 a 12 libras (4,5 ~ 5,5 kg). Entretanto, quando inclinada à frente, seu peso aumenta consideravelmente. Um estudo realizado nos Estados Unidos, liderado pelo cirurgião Kenneth K. Hansraj, chefe do Centro de Cirurgia e Reabilitação da Coluna em Nova York, e publicado em novembro de 2014 no Journal Surgical Technology International (Jornal Internacional de Tecnologia Cirúrgica), investigou o estresse relacionado ao aumento da angulação da coluna cervical.
A perda da curvatura cervical fisiológica ou natural aumenta o estresse sobre suas estruturas, podendo causar limitação, dor, degeneração e cirurgias. Gastamos em média de 2 a 4 horas diárias com a cabeça curvada enquanto lemos ou digitamos em nossos celulares, contabilizando aproximadamente de 700 a 1400 horas anuais de estresse excessivo sobre a cervical. Possivelmente, um aluno de ensino médio pode passar mais 5.000 horas extras em má postura.
PREVENÇÃO
O primeiro passo é adotar, de forma consciente, uma postura neutra. Veja algumas dicas:
1- Não utilize celulares e tablets para trabalho prolongado;
2- Prefira computadores do tipo desktop para tais tarefas, especialmente adequados ergonomicamente;
3- Ao invés de inclinar seu pescoço para baixo, procure fletir (dobrar) os cotovelos e mantê-los apoiados sobre o tronco;
4- Durante a leitura na tela, mantenha seu aparelho à altura aproximada da face;
5- Faça uso de uma parede para apoio da parte de trás da cabeça, dobrando levemente o queixo abaixo de modo a facilitar a visualização.
6- Pratique quando assentando em cadeiras com encosto ou no apoio de cabeça do assento do seu carro.
Fonte:
Hansraj KK. Assessment of stresses in the cervical spine caused by posture and position of the head. Surg Technol Int. 2014 Nov;25:277-9.
Bilhões de pessoas em todo o planeta utilizam aparelhos celulares, essencialmente em má postura. Em geral, o indivíduo adota uma postura com cabeça e ombros inclinados à frente. Uma boa postura cervical é definida a partir de um alinhamento de orelhas e ombros, com ombros e escápulas levemente retraídos (direcionados para trás).
A cabeça pesa em média de 10 a 12 libras (4,5 ~ 5,5 kg). Entretanto, quando inclinada à frente, seu peso aumenta consideravelmente. Um estudo realizado nos Estados Unidos, liderado pelo cirurgião Kenneth K. Hansraj, chefe do Centro de Cirurgia e Reabilitação da Coluna em Nova York, e publicado em novembro de 2014 no Journal Surgical Technology International (Jornal Internacional de Tecnologia Cirúrgica), investigou o estresse relacionado ao aumento da angulação da coluna cervical.
A perda da curvatura cervical fisiológica ou natural aumenta o estresse sobre suas estruturas, podendo causar limitação, dor, degeneração e cirurgias. Gastamos em média de 2 a 4 horas diárias com a cabeça curvada enquanto lemos ou digitamos em nossos celulares, contabilizando aproximadamente de 700 a 1400 horas anuais de estresse excessivo sobre a cervical. Possivelmente, um aluno de ensino médio pode passar mais 5.000 horas extras em má postura.
PREVENÇÃO
O primeiro passo é adotar, de forma consciente, uma postura neutra. Veja algumas dicas:
1- Não utilize celulares e tablets para trabalho prolongado;
2- Prefira computadores do tipo desktop para tais tarefas, especialmente adequados ergonomicamente;
3- Ao invés de inclinar seu pescoço para baixo, procure fletir (dobrar) os cotovelos e mantê-los apoiados sobre o tronco;
4- Durante a leitura na tela, mantenha seu aparelho à altura aproximada da face;
5- Faça uso de uma parede para apoio da parte de trás da cabeça, dobrando levemente o queixo abaixo de modo a facilitar a visualização.
6- Pratique quando assentando em cadeiras com encosto ou no apoio de cabeça do assento do seu carro.
Fonte:
Hansraj KK. Assessment of stresses in the cervical spine caused by posture and position of the head. Surg Technol Int. 2014 Nov;25:277-9.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Neurodinâmica para instrutores de Pilates
O conhecimento das posições (testes provocativos do tecido neural) que estiram ou comprimem os nervos bem como os sintomas referidos pelos indivíduos com sinais e sintomas de comprometimento do tecido neural é imprescindível ao profissional de Pilates. Exercícios clássicos, idealizados por Joseph e comumente aplicados em estúdios de Pilates espalhados por todo o mundo, apresentam a mesma posição e amplitude articular que os testes neurais provocativos aplicados durante uma avaliação fisioterapêutica.
Testes neurais foram desenvolvidos a partir de pesquisas sobre a anatomia neural e deslizamento dos nervos. Em 2009, o fisioterapeuta e pesquisador Coppieters comparou sequências específicas de movimentos dos membros superiores, e observou qual movimento e ordem tensionam ou mobilizam o tecido neural, de modo a saber qual técnica seria mais adequada para o tratamento. O objetivo do teste neural é provocar, de maneira gentil, uma tensão neural não lesiva que cause a queixa relata pelo indivíduo com sintomas de neuropatia.
O registro mais antigo do uso de testes neurais data de 2800 DC, quando os egípcios utilizavam a manobra da elevação da perna (flexão do quadril com joelho em extensão) como meio diagnóstico para lombalgia. Atualmente conhecido como Straight Leg Raise (SLR), esse teste promove um alongamento do nervo ciático e tem por objetivo avaliar a ocorrência de sensibilidade mecânica à elevação do membro inferior.
O conceito modelo de Neurodinâmica proposto por Shacklock (2005) é dividido em um sistema de 3 partes: interface mecânica, estruturas neurais e tecidos inervados.
A interface mecânica ou “cama do nervo” (nerve bed) consiste de estruturas anatômicas situadas próximas aos nervos (tendões, ligamentos, músculos, ossos, discos intervertebrais, fáscia e vasos sanguíneos). É como um telescópio flexível e móvel o qual contém o tecido neural. Dessa forma, o nervo periférico está sujeito à deformação da interface, (estiramento, encurtamento, curvatura ou torção), estando obrigado a acompanhar qualquer tipo de movimentação.
Estruturas neurais consistem de todas as partes do sistema nervoso, desde o encéfalo até as terminações distais dos nervos periféricos. Além de funções fisiológicas como condução de impulsos elétricos, fluxo neural, transporte axonal, inflamação e sensibilidade mecânica, o tecido neural também possui função mecânica e deve ser capaz de suportar tensão, movimento e compressão.
Os tecidos inervados são supridos por nervos correspondentes, sendo importantes pontos de acesso para tratamento do tecido nervoso. Liberar um músculo encurtado distalmente, por exemplo, pode ajudar a reduzir a tensão por todo o caminho do um nervo que esteja sensibilizado (sensível ao movimento).
Um nervo periférico pode sofrer estiramento ou compressão mecânica, e em geral é capaz de suportar em torno de 20% de alongamento antes que seja lesado (Sunderland, 1991). Um nervo que já se encontre sensibilizado (que já sofreu um estiramento além de sua capacidade normal) não responderá normalmente à tensão, compressão ou movimentação diária, podendo gerar dor (geralmente sentida no trajeto do nervo).
Uma neuropatia compressiva produz dor e alteração da condutibilidade neural e bloqueio da condução axonal. Efeitos comuns da compressão de um nervo periférico são: resposta sensorial diminuída, redução dos impulsos motores, alterações no reflexo, dor no miótomo e dermátomo correspondente, hiper ou paraestesia (queimação, formigamento, etc.)
O fluxo neural é afetado por compressão, e pode provocar edema neural pela pressão que bloqueia a drenagem de sangue do nervo, o que reduz sua oxigenação. Shacklock identificou que quanto mais tempo o fluxo neural é afetado, mais tempo irá levar sua recuperação e maior a chance de que sua condução seja afetada.
Edema ou inflamação pode levar à cicatrização dentro do nervo. Uma vez inflamado, o nervo tem sua sensibilidade mecânica aumentada e pode iniciar uma cascata inflamatória que não melhora com alongamento.
A mobilização do sistema nervoso é uma das abordagens da Fisioterapia Manipulativa no tratamento de dor. O método, conhecido como Mobilização Neural, atua na fisiologia da dor por meio de um tratamento mecânico (com movimento) de estruturas neurais e não neurais adjacentes ao sistema nervoso.
Caso seu aluno (a) não demonstre melhora da dor típica de neuropatia ao alongamento (dor irradiada para mãos e pés, queimação, formigamento, etc.), encaminhe-o para uma fisioterapeuta qualificado e experiente no método para uma avaliação mais minuciosa.
Referências:
Butler, D. Coppieters, MW. Neurodynamics in a broader perspective. Man Ther v. 10, p. 175-179, 2005.
Michael Shacklock. Neurodynamics. Physical Therapy 1995, vol 85 number 1.
Michel W. Coppieters, Alan D. Hough, Andrew Dilley. Different Nerve-Gliding Exercises Induce Different Magnitudes of Median Nerve Longitudinal Excursion: An In Vivo Study Using Dynamic Ultrasound Imaging. Journal of
Orthopaedic Sports & Physical Therapy, Vol 39, March 2009.
Robert J. Nee, Bill Vicenzino, Gwendolen A. Jull, Joshua A. Cleland, Michel W. Coppieters. Neural tissue management provides immediate clinically relevant benefits without harmful effects for patients with nerve-related neck and arm pain: a randomised trial. Journal of Physiotherapy 2012 Vol 58.
Robert J. Nee, Gwendolen A. Jull, Bill Vicenzino, Michel W. Coppieters. The Validity of Upper-Limb Neurodynamic Tests for Detecting Peripheral Neuropathic Pain. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy Vol 42 number 5 May 2012, 413.
Sunderland S. The anatomy and physiology of nerve injury. Muscle Nerve, 1990; Sep;13(9):771-84.
O conhecimento das posições (testes provocativos do tecido neural) que estiram ou comprimem os nervos bem como os sintomas referidos pelos indivíduos com sinais e sintomas de comprometimento do tecido neural é imprescindível ao profissional de Pilates. Exercícios clássicos, idealizados por Joseph e comumente aplicados em estúdios de Pilates espalhados por todo o mundo, apresentam a mesma posição e amplitude articular que os testes neurais provocativos aplicados durante uma avaliação fisioterapêutica.
Testes neurais foram desenvolvidos a partir de pesquisas sobre a anatomia neural e deslizamento dos nervos. Em 2009, o fisioterapeuta e pesquisador Coppieters comparou sequências específicas de movimentos dos membros superiores, e observou qual movimento e ordem tensionam ou mobilizam o tecido neural, de modo a saber qual técnica seria mais adequada para o tratamento. O objetivo do teste neural é provocar, de maneira gentil, uma tensão neural não lesiva que cause a queixa relata pelo indivíduo com sintomas de neuropatia.
O registro mais antigo do uso de testes neurais data de 2800 DC, quando os egípcios utilizavam a manobra da elevação da perna (flexão do quadril com joelho em extensão) como meio diagnóstico para lombalgia. Atualmente conhecido como Straight Leg Raise (SLR), esse teste promove um alongamento do nervo ciático e tem por objetivo avaliar a ocorrência de sensibilidade mecânica à elevação do membro inferior.
O conceito modelo de Neurodinâmica proposto por Shacklock (2005) é dividido em um sistema de 3 partes: interface mecânica, estruturas neurais e tecidos inervados.
A interface mecânica ou “cama do nervo” (nerve bed) consiste de estruturas anatômicas situadas próximas aos nervos (tendões, ligamentos, músculos, ossos, discos intervertebrais, fáscia e vasos sanguíneos). É como um telescópio flexível e móvel o qual contém o tecido neural. Dessa forma, o nervo periférico está sujeito à deformação da interface, (estiramento, encurtamento, curvatura ou torção), estando obrigado a acompanhar qualquer tipo de movimentação.
Estruturas neurais consistem de todas as partes do sistema nervoso, desde o encéfalo até as terminações distais dos nervos periféricos. Além de funções fisiológicas como condução de impulsos elétricos, fluxo neural, transporte axonal, inflamação e sensibilidade mecânica, o tecido neural também possui função mecânica e deve ser capaz de suportar tensão, movimento e compressão.
Os tecidos inervados são supridos por nervos correspondentes, sendo importantes pontos de acesso para tratamento do tecido nervoso. Liberar um músculo encurtado distalmente, por exemplo, pode ajudar a reduzir a tensão por todo o caminho do um nervo que esteja sensibilizado (sensível ao movimento).
Um nervo periférico pode sofrer estiramento ou compressão mecânica, e em geral é capaz de suportar em torno de 20% de alongamento antes que seja lesado (Sunderland, 1991). Um nervo que já se encontre sensibilizado (que já sofreu um estiramento além de sua capacidade normal) não responderá normalmente à tensão, compressão ou movimentação diária, podendo gerar dor (geralmente sentida no trajeto do nervo).
Uma neuropatia compressiva produz dor e alteração da condutibilidade neural e bloqueio da condução axonal. Efeitos comuns da compressão de um nervo periférico são: resposta sensorial diminuída, redução dos impulsos motores, alterações no reflexo, dor no miótomo e dermátomo correspondente, hiper ou paraestesia (queimação, formigamento, etc.)
O fluxo neural é afetado por compressão, e pode provocar edema neural pela pressão que bloqueia a drenagem de sangue do nervo, o que reduz sua oxigenação. Shacklock identificou que quanto mais tempo o fluxo neural é afetado, mais tempo irá levar sua recuperação e maior a chance de que sua condução seja afetada.
Edema ou inflamação pode levar à cicatrização dentro do nervo. Uma vez inflamado, o nervo tem sua sensibilidade mecânica aumentada e pode iniciar uma cascata inflamatória que não melhora com alongamento.
A mobilização do sistema nervoso é uma das abordagens da Fisioterapia Manipulativa no tratamento de dor. O método, conhecido como Mobilização Neural, atua na fisiologia da dor por meio de um tratamento mecânico (com movimento) de estruturas neurais e não neurais adjacentes ao sistema nervoso.
Caso seu aluno (a) não demonstre melhora da dor típica de neuropatia ao alongamento (dor irradiada para mãos e pés, queimação, formigamento, etc.), encaminhe-o para uma fisioterapeuta qualificado e experiente no método para uma avaliação mais minuciosa.
Referências:
Butler, D. Coppieters, MW. Neurodynamics in a broader perspective. Man Ther v. 10, p. 175-179, 2005.
Michael Shacklock. Neurodynamics. Physical Therapy 1995, vol 85 number 1.
Michel W. Coppieters, Alan D. Hough, Andrew Dilley. Different Nerve-Gliding Exercises Induce Different Magnitudes of Median Nerve Longitudinal Excursion: An In Vivo Study Using Dynamic Ultrasound Imaging. Journal of
Orthopaedic Sports & Physical Therapy, Vol 39, March 2009.
Robert J. Nee, Bill Vicenzino, Gwendolen A. Jull, Joshua A. Cleland, Michel W. Coppieters. Neural tissue management provides immediate clinically relevant benefits without harmful effects for patients with nerve-related neck and arm pain: a randomised trial. Journal of Physiotherapy 2012 Vol 58.
Robert J. Nee, Gwendolen A. Jull, Bill Vicenzino, Michel W. Coppieters. The Validity of Upper-Limb Neurodynamic Tests for Detecting Peripheral Neuropathic Pain. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy Vol 42 number 5 May 2012, 413.
Sunderland S. The anatomy and physiology of nerve injury. Muscle Nerve, 1990; Sep;13(9):771-84.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
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