A dor na região cervical, a qual pode irradiar para os braços, podendo chegar até as mãos (dor irradiada) é muito frequente na população, sendo muitas vezes erroneamente diagnosticada como LER/DORT, tendinite, bursite, pinçamento subacromial (síndrome do impacto), túnel do carpo, síndrome do desfiladeiro torácico, etc. Esse conjunto de sintomas (conhecido como síndrome da dor cervico-braquial ou cervicobraquialgia neurogênica) merece atenção especial, pois comumente o profissional avalia apenas a parte muscular e articular, e se esquece da parte neural.
Para se evitar erros de diagnóstico, é essencial correlacionar todos os dados da avaliação (por meio de testes musculares, articulares e neurais) e aplicar o diagnóstico diferencial. Por exemplo, a síndrome do desfiladeiro torácico ocorre devido a uma compressão do feixe vascular (artérias e veias) e do feixe nervoso por conta de alterações posturais ou anatômicas, as quais alteram o triângulo formado pela primeira costela, clavícula e músculos escaleno e peitoral. Essa condição causa uma dor intermitente que está relacionada aos movimentos, principalmente aqueles realizados com os braços elevados. O padrão de dor é bem semelhante ao da síndrome cervicobraqual neurogênica.
Entretanto, o detalhe é que a síndrome do desfiladeiro torácico geralmente causa edema (inchaço) e alteração de cor dos membros superiores (braços), o que não ocorre em casos de dor cervicobraquial neurogênica, onde uma compressão ou sensibilização (inflamação) do tecido neural de origem na cervical pode acometer os nervos mediano, nervo radial e nervo ulnar.
O tratamento dura em média 2-3 meses, com resultados comprovados cientificamente. Um estudo realizado em 2002 que aplicou técnicas de terapia manipulativa, como a mobilização neural e exercícios específicos para casa, comprovou a eficácia do tratamento num período de 8 semanas, com melhora de dor e função. Outro estudo de 2003 observou que se a causa do problema é na região cervical, o tratamento realizado pela terapia manipulativa é preferido em relação à aplicação do ultra-som terapêutico.
Bibliografia:
G. T. Allison, B. M. Nagy, T. Hall. A randomized clinical trial of manual therapy for cervico-brachial pain syndrome – a pilot study. Manual Therapy (2002) 7(2), 95–10
Michel W. Coppieters, Karel H. Stappaerts, Leo L. Wouters, Koen Janssens. The Immediate Effects of a Cervical Lateral Glide Treatment Technique in Patients With Neurogenic Cervicobrachial Pain. J Orthop Sports Phys Ther 2003;33:369–378.
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?487
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Pilates no combate ao stress
Mais e mais pessoas, estressadas por conta de suas atividades diárias, estão descobrindo que podem de fato mudar seu estilo de vida, ou podem pelo menos tentar mudá-lo. Muitas delas têm procurando aulas de Pilates com nunca antes, na busca de reduzir o stress, aliviar a tensão, ou seja, encontrar um relaxamento para a mente e corpo antes de voltarem ao trabalho.
Há menos de uma década atrás, as aulas de Pilates ainda eram consideradas uma atividade física alternativa e pouco acessível à maioria da população. A situação atual é bem diferente, pois a prática do método se tornou uma opção tão comum uma corrida no bairro ou musculação na academia.
“Nós somos uma sociedade que está envelhecendo e uma atividade física de baixo impacto é a melhor opção para o corpo”, relata o americano Mike May, representante da Associação Americana de Produtores de Artigos Esportivos. “Você não precisa ser um atleta profissional para praticá-lo, embora você definitivamente irá atingir uma melhor forma física logo ao terminar uma aula”.
Segundo a americana Elin Benson, proprietária do Studio Pilates Center de Westchester, em Nova York, não existe um tipo de cliente específico. 'Possuo uma variedade de alunos variando de 20 aos 70 anos, bem como uma real mistura de vários níveis de condicionamento físico. “Muitos adeptos do método nunca haviam se exercitado antes, nem competiram em algum esporte, e se sentiram intimidados ao encararem uma academia”.
Joseph Hubertus Pilates, criador do método, declarou em 1965, aos 86 anos de idade:
“I must be right. Never an aspirin. Never injured a day in my life. The whole country, the whole world should be doing my exercises. They’d be happier”
“Eu devo estar certo. Nunca tomei uma aspirina, nenhuma lesão em minha vida. Todo o país, o mundo todo deveria estar praticando meus exercícios. Eles se sentiriam melhores por isso”
As palavras do visionário criador do método têm se tornado realidade como alternativa de combate ao stress que acomete nossa sociedade. Uma pesquisa comprova o aumento da busca pela melhora na qualidade de vida evidenciando que o número de praticantes de Pilates atingiu 10,4 milhões no ano passado nos Estados Unidos, comparado a 1.7 milhões no ano 2000, superando a procura por yoga, tai chi e artes marciais.
Siri Dharma Galliano, renomada instrutora de Pilates na América do Norte e Europa há mais de 20 anos, diz que se realizado corretamente e com adequada supervisão, os benefícios vão muito além das aulas supervisionadas:
"É uma reeducação na questão de consciência corporal. Ele muda sua forma educando você no dia a dia. Quando cozinhando, escovando os dentes, etc. o que foi praticado na aula é automaticamente transferido para seu lar. Ele ensina você a treinar sua mente, construindo simetria e coordenação corporal. E o melhor é quando você adquire domínio e controle sobre essas pequenas coisas.”
Combata o stress com Pilates!
Fonte:
The New York Times - www.nytimes.com
MedicineNet - www.medicinenet.com
Há menos de uma década atrás, as aulas de Pilates ainda eram consideradas uma atividade física alternativa e pouco acessível à maioria da população. A situação atual é bem diferente, pois a prática do método se tornou uma opção tão comum uma corrida no bairro ou musculação na academia.
“Nós somos uma sociedade que está envelhecendo e uma atividade física de baixo impacto é a melhor opção para o corpo”, relata o americano Mike May, representante da Associação Americana de Produtores de Artigos Esportivos. “Você não precisa ser um atleta profissional para praticá-lo, embora você definitivamente irá atingir uma melhor forma física logo ao terminar uma aula”.
Segundo a americana Elin Benson, proprietária do Studio Pilates Center de Westchester, em Nova York, não existe um tipo de cliente específico. 'Possuo uma variedade de alunos variando de 20 aos 70 anos, bem como uma real mistura de vários níveis de condicionamento físico. “Muitos adeptos do método nunca haviam se exercitado antes, nem competiram em algum esporte, e se sentiram intimidados ao encararem uma academia”.
Joseph Hubertus Pilates, criador do método, declarou em 1965, aos 86 anos de idade:
“I must be right. Never an aspirin. Never injured a day in my life. The whole country, the whole world should be doing my exercises. They’d be happier”
“Eu devo estar certo. Nunca tomei uma aspirina, nenhuma lesão em minha vida. Todo o país, o mundo todo deveria estar praticando meus exercícios. Eles se sentiriam melhores por isso”
As palavras do visionário criador do método têm se tornado realidade como alternativa de combate ao stress que acomete nossa sociedade. Uma pesquisa comprova o aumento da busca pela melhora na qualidade de vida evidenciando que o número de praticantes de Pilates atingiu 10,4 milhões no ano passado nos Estados Unidos, comparado a 1.7 milhões no ano 2000, superando a procura por yoga, tai chi e artes marciais.
Siri Dharma Galliano, renomada instrutora de Pilates na América do Norte e Europa há mais de 20 anos, diz que se realizado corretamente e com adequada supervisão, os benefícios vão muito além das aulas supervisionadas:
"É uma reeducação na questão de consciência corporal. Ele muda sua forma educando você no dia a dia. Quando cozinhando, escovando os dentes, etc. o que foi praticado na aula é automaticamente transferido para seu lar. Ele ensina você a treinar sua mente, construindo simetria e coordenação corporal. E o melhor é quando você adquire domínio e controle sobre essas pequenas coisas.”
Combata o stress com Pilates!
Fonte:
The New York Times - www.nytimes.com
MedicineNet - www.medicinenet.com
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O que é Fisioterapia Manipulativa?
A terapia manual ou manipulativa é uma das especialidades da Fisioterapia utilizada pelo fisioterapeuta na promoção de saúde, com foco na prevenção e no tratamento de disfunções neuromusculoesqueléticas (problemas nos nervos, músculos e articulações).
Fisioterapeutas que trabalham nessa área possuem habilidade de avaliação, diagnóstico e tratamento para tais condições. O dicionário médico Oxford define a terapia manipulativa como “o uso das mãos para produzir um movimento desejado ou um efeito terapêutico em uma parte do corpo, com o intuito de restaurar o normal funcionamento de articulações rígidas”. Assim sendo, o fisioterapeuta manipulativo faz uso apenas das mãos para aplicar técnicas de mobilização e manipulação de tecidos moles e articulações.
O que significa mobilização e manipulação?
A mobilização articular consiste na movimentação manual da articulação, dentro de uma amplitude de movimento específica, sendo comumente aplicada para tirar a dor. A mobilização de tecidos moles inclui o manejo de músculos, fáscia e cápsula articular, por meio de técnicas como massagem terapêutica, liberação miofascial, terapia trigger points (pontos gatilho), alongamento, etc. A mobilização do tecido neural (mobilização neural) trata os problemas de compressão e inflamação dos nervos. Por sua vez, a “manipulação articular” é um movimento rápido e de pequena amplitude o qual produz um click ou estalido, com indicação de restaurar quantidade de movimento normal de uma articulação rígida.
A mobilização/manipulação constitui um tratamento efetivo?
Havendo indicação da aplicação da técnica, e se realizada corretamente por um profissional experiente, podem ser bem efetiva. Umas das grandes vantagens do fisioterapeuta é que ele, além de tratar a dor, também dispõe de uma vasta gama de outras modalidades (por exemplo, exercícios terapêuticos) para manter e potencializar os efeitos da mobilização/manipulação. Dessa forma, para obter um melhor resultado, o indivíduo provavelmente deverá dar início a um programa de exercícios terapêuticos e reeducação postural para prevenir a recorrência da lesão e o aparecimento de outras.
Perigos
Ambas a mobilização e manipulação articular possuem indicações específicas de aplicação, e se aplicadas incorretamente, podem causar danos. Jamais devem ser realizadas por alguém que não possua formação profissional para tal. O fisioterapeuta manipulativo está ciente das indicações e contra-indicações das técnicas. Por exemplo, em uma situação em que um nervo está inflamado, o alongamento do músculo é contra-indicado, e com isso a dor nunca melhora. Não é raro ouvir pessoas dizerem não ter obtido êxito no tratamento com a Fisioterapia convencional. A chave do sucesso do tratamento é uma avaliação cuidadosa, para que a terapia não se transforme num problema crônico e sem resolução.
As respostas são para quais tipos de condições?
Tanto para casos agudos ou crônicos. O efeito analgésico (diminuição da dor) da mobilização articular já é visto no primeiro atendimento. Se o problema é devido ao fato do movimento normal da articulação estar restrito, isso pode levar à dor ou compressão de tecidos adjacentes e nervos. Uma vez reduzida a restrição, o movimento livre de dor e a função são restaurados. O fisioterapeuta manipulativo lida com todas as articulações do corpo.
Existe comprovação científica da aplicação de tais técnicas?
Existe hoje vasta evidência científica que comprova a eficácia da terapia manipulativa em várias disfunções, como por exemplo na lombalgia (Licciardone et al. 2003; Childs et al. 2004), síndrome do túnel do carpo (Rozmaryn et al. 1998; Akalinn et al. 2002), osteoartrite dos joelhos (Deyle et al. 2000) e do quadril (MacDonald et al. 2006), etc. Ambas as técnicas só devem ser aplicadas após uma criteriosa avaliação, realizada por meio de testes e protocolos científicos.
A Austrália é atualmente a referência mundial em pesquisa e cursos de pós-graduação em terapia manipulativa. Geoffrey D. Maitland, Brian Mulligan e Freddy Kaltenborn são fisioterapeutas renomados internacionalmente e reconhecidos como pioneiros da terapia manipulativa.
Onde posso encontrar um fisioterapeuta manipulativo?
Rodrigo Bernardes é fisioterapeuta (CREFITO 3/135682-F), especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional pela UNICAMP, e trabalha em atendimento particular com prevenção e tratamento de dor neuromusculoesquelética (lombalgia, hérnia de disco, artrite, artrose, tendinite, torcicolo, escoliose, dor na coluna, pescoço, ombro, joelho, quadril, tornozelo, etc). Possui formação internacional no conceito Maitland (mobilização/manipulação articular),Mobilização Neural (tratamento de compressão e inflamação de nervos), Movimento Articular Funcional, Movimento Combinado e Reeducação Postural Dinâmica (RPG Australiano) pelo Instituto Manual Concepts da Austrália, um dos institutos de terapia manipulativa mais respeitados internacionalmente. Também possui formação internacional em Pilates Clínico Funcional pelo Instituto Australiano de Fisioterapia e Pilates de Londres (APPI).
Contato: ftrodrigobernardes@gmail.com
Bibliografia:
Gwendolen Jull. Use of high and low velocity cervical manipulative therapy procedures by Australian manipulative physiotherapists. Australian Journal of Physiotherapy 2002 Vol. 48
International Maitland Teachers Association (http://www.imta.ch/)
New Zealand Manipulative Physiotherapists ASSOCIATION INC. (http://www.nzmpa.org.nz/)
The mechanisms of manual therapy in the treatment of musculoskeletal pain: A comprehensive model. Joel E. Bialosky, Mark D. Bishop, Don D. Price, Michael E. Robinson, Steven Z. George. Manual Therapy Vol 14, issue 5. October 2009, 531-538.
T. M. Hall, R. L. Elvey. Nerve trunk pain: physical diagnosis and treatment. Manual Therapy Vol 4, Issue 2, May 1999, Pages 63-73.
Fisioterapeutas que trabalham nessa área possuem habilidade de avaliação, diagnóstico e tratamento para tais condições. O dicionário médico Oxford define a terapia manipulativa como “o uso das mãos para produzir um movimento desejado ou um efeito terapêutico em uma parte do corpo, com o intuito de restaurar o normal funcionamento de articulações rígidas”. Assim sendo, o fisioterapeuta manipulativo faz uso apenas das mãos para aplicar técnicas de mobilização e manipulação de tecidos moles e articulações.
O que significa mobilização e manipulação?
A mobilização articular consiste na movimentação manual da articulação, dentro de uma amplitude de movimento específica, sendo comumente aplicada para tirar a dor. A mobilização de tecidos moles inclui o manejo de músculos, fáscia e cápsula articular, por meio de técnicas como massagem terapêutica, liberação miofascial, terapia trigger points (pontos gatilho), alongamento, etc. A mobilização do tecido neural (mobilização neural) trata os problemas de compressão e inflamação dos nervos. Por sua vez, a “manipulação articular” é um movimento rápido e de pequena amplitude o qual produz um click ou estalido, com indicação de restaurar quantidade de movimento normal de uma articulação rígida.
A mobilização/manipulação constitui um tratamento efetivo?
Havendo indicação da aplicação da técnica, e se realizada corretamente por um profissional experiente, podem ser bem efetiva. Umas das grandes vantagens do fisioterapeuta é que ele, além de tratar a dor, também dispõe de uma vasta gama de outras modalidades (por exemplo, exercícios terapêuticos) para manter e potencializar os efeitos da mobilização/manipulação. Dessa forma, para obter um melhor resultado, o indivíduo provavelmente deverá dar início a um programa de exercícios terapêuticos e reeducação postural para prevenir a recorrência da lesão e o aparecimento de outras.
Perigos
Ambas a mobilização e manipulação articular possuem indicações específicas de aplicação, e se aplicadas incorretamente, podem causar danos. Jamais devem ser realizadas por alguém que não possua formação profissional para tal. O fisioterapeuta manipulativo está ciente das indicações e contra-indicações das técnicas. Por exemplo, em uma situação em que um nervo está inflamado, o alongamento do músculo é contra-indicado, e com isso a dor nunca melhora. Não é raro ouvir pessoas dizerem não ter obtido êxito no tratamento com a Fisioterapia convencional. A chave do sucesso do tratamento é uma avaliação cuidadosa, para que a terapia não se transforme num problema crônico e sem resolução.
As respostas são para quais tipos de condições?
Tanto para casos agudos ou crônicos. O efeito analgésico (diminuição da dor) da mobilização articular já é visto no primeiro atendimento. Se o problema é devido ao fato do movimento normal da articulação estar restrito, isso pode levar à dor ou compressão de tecidos adjacentes e nervos. Uma vez reduzida a restrição, o movimento livre de dor e a função são restaurados. O fisioterapeuta manipulativo lida com todas as articulações do corpo.
Existe comprovação científica da aplicação de tais técnicas?
Existe hoje vasta evidência científica que comprova a eficácia da terapia manipulativa em várias disfunções, como por exemplo na lombalgia (Licciardone et al. 2003; Childs et al. 2004), síndrome do túnel do carpo (Rozmaryn et al. 1998; Akalinn et al. 2002), osteoartrite dos joelhos (Deyle et al. 2000) e do quadril (MacDonald et al. 2006), etc. Ambas as técnicas só devem ser aplicadas após uma criteriosa avaliação, realizada por meio de testes e protocolos científicos.
A Austrália é atualmente a referência mundial em pesquisa e cursos de pós-graduação em terapia manipulativa. Geoffrey D. Maitland, Brian Mulligan e Freddy Kaltenborn são fisioterapeutas renomados internacionalmente e reconhecidos como pioneiros da terapia manipulativa.
Onde posso encontrar um fisioterapeuta manipulativo?
Rodrigo Bernardes é fisioterapeuta (CREFITO 3/135682-F), especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional pela UNICAMP, e trabalha em atendimento particular com prevenção e tratamento de dor neuromusculoesquelética (lombalgia, hérnia de disco, artrite, artrose, tendinite, torcicolo, escoliose, dor na coluna, pescoço, ombro, joelho, quadril, tornozelo, etc). Possui formação internacional no conceito Maitland (mobilização/manipulação articular),Mobilização Neural (tratamento de compressão e inflamação de nervos), Movimento Articular Funcional, Movimento Combinado e Reeducação Postural Dinâmica (RPG Australiano) pelo Instituto Manual Concepts da Austrália, um dos institutos de terapia manipulativa mais respeitados internacionalmente. Também possui formação internacional em Pilates Clínico Funcional pelo Instituto Australiano de Fisioterapia e Pilates de Londres (APPI).
Contato: ftrodrigobernardes@gmail.com
Bibliografia:
Gwendolen Jull. Use of high and low velocity cervical manipulative therapy procedures by Australian manipulative physiotherapists. Australian Journal of Physiotherapy 2002 Vol. 48
International Maitland Teachers Association (http://www.imta.ch/)
New Zealand Manipulative Physiotherapists ASSOCIATION INC. (http://www.nzmpa.org.nz/)
The mechanisms of manual therapy in the treatment of musculoskeletal pain: A comprehensive model. Joel E. Bialosky, Mark D. Bishop, Don D. Price, Michael E. Robinson, Steven Z. George. Manual Therapy Vol 14, issue 5. October 2009, 531-538.
T. M. Hall, R. L. Elvey. Nerve trunk pain: physical diagnosis and treatment. Manual Therapy Vol 4, Issue 2, May 1999, Pages 63-73.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Mais lesões do que músculos
Olá a todos,
Há algumas semanas atrás li num jornal um pequeno artigo, entretanto, de suma importância.
Uma pesquisa realizada pela Secretaria da Saúde de São Paulo em 2010, observou que 90% das pessoas não passam por uma avaliação antes de iniciar uma atividade física. O estudo investigou 700 pacientes do ambulatório médico esportivo do Hospital Estadual Ipiranga.
Antes de iniciar um programa de exercícios, é essencial fazer uma avaliação para prevenir e evitar lesões.
Segundo o médico do esporte e diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício do Esporte, Ricardo Munir Nahas, a avaliação é fundamental para a prescrição do exercício, pois servirá de base para definir a intensidade do programa. "Uma pessoa acima do peso, por exemplo, não deve sobrecarregar suas articulações. O ideal é procurar um profissional especializado o qual indicará a prática de uma atividade de baixo impacto,” explica Nahas.
Tenho recebido alguns clientes que tiveram lesões durante a prática do Pilates, e vieram me procurar para tratamento.
Como sempre mencionei nos cursos que ministrei, antes de tudo, o instrutor(a) de Pilates (seja ele educador físico ou fisioterapeuta) é um PROMOTOR(a) DE SAÚDE. Portanto, é ESSENCIAL que cada pessoa que deseja iniciar a prática do método passe por uma avaliação criteriosa com um profissional capacitado.
Uma cliente me procurou com tendinopatia do tendão de Aquiles. Após 3 ou 4 atendimentos, e com base no questionamento da avaliaçao, concluiu ela que sua lesão havia ocorrido no studio de Pilates que costumava frequentar. Fiquei surpreso quando acrescentou "pelo atendimento que você oferece aqui, vejo que o instrutor não tinha uma formação de Pilates. Eu ficava 40 minutos no chão só respirando, e depois eu fazia 1 ou 2 exercícios."
Questionei se ela fazia algum exercício com dor. Sim, disse ela. "O professor dizia que eu era forte, e que poderia continuar." Segundo a Cinesiologia (ciência que estuda o movimento), nenhum exercício deve ser realizado com dor, a não ser, a sensação de alongamento que, para alguns, produz uma sensação desagradável ou dolorosa. Outras pessoas gostam da sensação do relaxamento de músculos e fáscia muscular.
Para finalizar, gostaria de orientar a você, adepto do método (com objetivo clínico, funcional ou estético) que consulte a formação do seu instrutor(a) e analise se há uma avaliação física criteriosa, bem como um acompanhamento dos exercícios que você realiza a cada aula.
Atenciosamente,
ft. Rodrigo Bernardes
Fonte: Site da Secretaria da Saúde de São Paulo
http://www.saude.sp.gov.br/content/tremupretr.mmp
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Algias (dores) na coluna em profissionais de Odontologia
Caros leitores,
Dentre os múltiplos distúrbios dolorosos que afetam o ser humano, a algia ou dor na coluna é uma grande causa de morbidade que acomete trabalhadores jovens de ambos os sexos, impactando o período de maior produtividade de suas vidas. Consequentemente há o surgimento de problemas de saúde pública, o que resulta em aumento de absenteísmo e incapacidade (seja ela temporária ou permanente) do trabalhador, com custos que concernem benefícios previdenciários, tratamento médico e fisioterapêutico.
Estudos recentes têm identificado novos fatores de risco relacionados aos profissionais de Odontologia ( 1) má postura; 2) competição profissional cada vez mais acirrada; 3) estresse no consultório ou fora dele; 4) aumento da carga horária de trabalho; 5) utilização de equipamentos e consultórios fora dos padrões ergonômicos; 6) falta de atividade física; 7) falta de alongamento; 8) falta de consciência de prevenção.), e comprovam de forma estatisticamente significativa a relação postura X dor X surgimento de patologias.
Odontólogos em geral trabalham sentados, e por sua vez adotam uma postura que promove uma maior pressão sobre a região da coluna lombar. Quando mantida por período prolongado, resulta em enfraquecimento dos músculos abdominais e aumento de cifose torácica.
Atualmente há um incremento no número de mulheres em Odontologia, sendo elas mais susceptíveis a distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho (DORT) devido à sua constituição física. Um estudo de 2008, realizado com 37 acadêmicos de Odontologia cursando o 10º período, relatou que apenas um dentre eles realizava alongamentos entre um atendimento e outro, e que também a alteração do humor e o rendimento do trabalho foram prejudicados pela dor na coluna. Esse estudo revelou ainda que as dores surgem em média 3 horas após o início das atividades e têm sua cessação, quando possível, 3 horas após o término das mesmas.
Ao falarmos de intervenção (tratamento) para tal acometimento, é essencial considerar os fatores ocupacionais bem como as características posturais e pessoais de cada indivíduo. O fisioterapeuta experiente, munido de inúmeras técnicas de seu domínio (como por exemplo Pilates, Reeducação Postural, Bandagens e Terapia Manipulativa ou Manual) pode intervir em tal processo, combatendo as agressões ao corpo que surgem ainda na fase acadêmica e acometem o profissional de Odontologia por meio de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular específico, alinhamento articular e postural, bem como relaxamento.
Portanto, gostaria de recomendar e ressaltar aos acadêmicos e profissionais da área de Odontologia a importância de uma consciência preventiva no que tange problemas e adaptações posturais, com o intuito da preservação da saúde e promoção de qualidade de vida. Consulte seu fisioterapeuta para mais detalhes.
Atenciosamente,
ft. Rodrigo Bernardes
BIBLIOGRAFIA
Cunha JFR, Carvalho, VCP, Santos FAS. Spinal column pain prevalence in dentistry students. Physical Therapy Brazil 2008;(4):253-258
Dentre os múltiplos distúrbios dolorosos que afetam o ser humano, a algia ou dor na coluna é uma grande causa de morbidade que acomete trabalhadores jovens de ambos os sexos, impactando o período de maior produtividade de suas vidas. Consequentemente há o surgimento de problemas de saúde pública, o que resulta em aumento de absenteísmo e incapacidade (seja ela temporária ou permanente) do trabalhador, com custos que concernem benefícios previdenciários, tratamento médico e fisioterapêutico.
Estudos recentes têm identificado novos fatores de risco relacionados aos profissionais de Odontologia ( 1) má postura; 2) competição profissional cada vez mais acirrada; 3) estresse no consultório ou fora dele; 4) aumento da carga horária de trabalho; 5) utilização de equipamentos e consultórios fora dos padrões ergonômicos; 6) falta de atividade física; 7) falta de alongamento; 8) falta de consciência de prevenção.), e comprovam de forma estatisticamente significativa a relação postura X dor X surgimento de patologias.
Odontólogos em geral trabalham sentados, e por sua vez adotam uma postura que promove uma maior pressão sobre a região da coluna lombar. Quando mantida por período prolongado, resulta em enfraquecimento dos músculos abdominais e aumento de cifose torácica.
Atualmente há um incremento no número de mulheres em Odontologia, sendo elas mais susceptíveis a distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho (DORT) devido à sua constituição física. Um estudo de 2008, realizado com 37 acadêmicos de Odontologia cursando o 10º período, relatou que apenas um dentre eles realizava alongamentos entre um atendimento e outro, e que também a alteração do humor e o rendimento do trabalho foram prejudicados pela dor na coluna. Esse estudo revelou ainda que as dores surgem em média 3 horas após o início das atividades e têm sua cessação, quando possível, 3 horas após o término das mesmas.
Ao falarmos de intervenção (tratamento) para tal acometimento, é essencial considerar os fatores ocupacionais bem como as características posturais e pessoais de cada indivíduo. O fisioterapeuta experiente, munido de inúmeras técnicas de seu domínio (como por exemplo Pilates, Reeducação Postural, Bandagens e Terapia Manipulativa ou Manual) pode intervir em tal processo, combatendo as agressões ao corpo que surgem ainda na fase acadêmica e acometem o profissional de Odontologia por meio de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular específico, alinhamento articular e postural, bem como relaxamento.
Portanto, gostaria de recomendar e ressaltar aos acadêmicos e profissionais da área de Odontologia a importância de uma consciência preventiva no que tange problemas e adaptações posturais, com o intuito da preservação da saúde e promoção de qualidade de vida. Consulte seu fisioterapeuta para mais detalhes.
Atenciosamente,
ft. Rodrigo Bernardes
BIBLIOGRAFIA
Cunha JFR, Carvalho, VCP, Santos FAS. Spinal column pain prevalence in dentistry students. Physical Therapy Brazil 2008;(4):253-258
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