sábado, 27 de agosto de 2011

Pilates no combate ao stress

Mais e mais pessoas, estressadas por conta de suas atividades diárias, estão descobrindo que podem de fato mudar seu estilo de vida, ou podem pelo menos tentar mudá-lo. Muitas delas têm procurando aulas de Pilates com nunca antes, na busca de reduzir o stress, aliviar a tensão, ou seja, encontrar um relaxamento para a mente e corpo antes de voltarem ao trabalho.

Há menos de uma década atrás, as aulas de Pilates ainda eram consideradas uma atividade física alternativa e pouco acessível à maioria da população. A situação atual é bem diferente, pois a prática do método se tornou uma opção tão comum uma corrida no bairro ou musculação na academia.

“Nós somos uma sociedade que está envelhecendo e uma atividade física de baixo impacto é a melhor opção para o corpo”, relata o americano Mike May, representante da Associação Americana de Produtores de Artigos Esportivos. “Você não precisa ser um atleta profissional para praticá-lo, embora você definitivamente irá atingir uma melhor forma física logo ao terminar uma aula”.

Segundo a americana Elin Benson, proprietária do Studio Pilates Center de Westchester, em Nova York, não existe um tipo de cliente específico. 'Possuo uma variedade de alunos variando de 20 aos 70 anos, bem como uma real mistura de vários níveis de condicionamento físico. “Muitos adeptos do método nunca haviam se exercitado antes, nem competiram em algum esporte, e se sentiram intimidados ao encararem uma academia”.

Joseph Hubertus Pilates, criador do método, declarou em 1965, aos 86 anos de idade:

“I must be right. Never an aspirin. Never injured a day in my life. The whole country, the whole world should be doing my exercises. They’d be happier”

“Eu devo estar certo. Nunca tomei uma aspirina, nenhuma lesão em minha vida. Todo o país, o mundo todo deveria estar praticando meus exercícios. Eles se sentiriam melhores por isso”

As palavras do visionário criador do método têm se tornado realidade como alternativa de combate ao stress que acomete nossa sociedade. Uma pesquisa comprova o aumento da busca pela melhora na qualidade de vida evidenciando que o número de praticantes de Pilates atingiu 10,4 milhões no ano passado nos Estados Unidos, comparado a 1.7 milhões no ano 2000, superando a procura por yoga, tai chi e artes marciais.

Siri Dharma Galliano, renomada instrutora de Pilates na América do Norte e Europa há mais de 20 anos, diz que se realizado corretamente e com adequada supervisão, os benefícios vão muito além das aulas supervisionadas:

"É uma reeducação na questão de consciência corporal. Ele muda sua forma educando você no dia a dia. Quando cozinhando, escovando os dentes, etc. o que foi praticado na aula é automaticamente transferido para seu lar. Ele ensina você a treinar sua mente, construindo simetria e coordenação corporal. E o melhor é quando você adquire domínio e controle sobre essas pequenas coisas.”




Combata o stress com Pilates!




Fonte:

The New York Times - www.nytimes.com
MedicineNet - www.medicinenet.com

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O que é Fisioterapia Manipulativa?

A terapia manual ou manipulativa é uma das especialidades da Fisioterapia utilizada pelo fisioterapeuta na promoção de saúde, com foco na prevenção e no tratamento de disfunções neuromusculoesqueléticas (problemas nos nervos, músculos e articulações).

Fisioterapeutas que trabalham nessa área possuem habilidade de avaliação, diagnóstico e tratamento para tais condições. O dicionário médico Oxford define a terapia manipulativa como “o uso das mãos para produzir um movimento desejado ou um efeito terapêutico em uma parte do corpo, com o intuito de restaurar o normal funcionamento de articulações rígidas”. Assim sendo, o fisioterapeuta manipulativo faz uso apenas das mãos para aplicar técnicas de mobilização e manipulação de tecidos moles e articulações.

O que significa mobilização e manipulação?

A mobilização articular consiste na movimentação manual da articulação, dentro de uma amplitude de movimento específica, sendo comumente aplicada para tirar a dor. A mobilização de tecidos moles inclui o manejo de músculos, fáscia e cápsula articular, por meio de técnicas como massagem terapêutica, liberação miofascial, terapia trigger points (pontos gatilho), alongamento, etc. A mobilização do tecido neural (mobilização neural) trata os problemas de compressão e inflamação dos nervos. Por sua vez, a “manipulação articular” é um movimento rápido e de pequena amplitude o qual produz um click ou estalido, com indicação de restaurar quantidade de movimento normal de uma articulação rígida.


A mobilização/manipulação constitui um tratamento efetivo?

Havendo indicação da aplicação da técnica, e se realizada corretamente por um profissional experiente, podem ser bem efetiva. Umas das grandes vantagens do fisioterapeuta é que ele, além de tratar a dor, também dispõe de uma vasta gama de outras modalidades (por exemplo, exercícios terapêuticos) para manter e potencializar os efeitos da mobilização/manipulação. Dessa forma, para obter um melhor resultado, o indivíduo provavelmente deverá dar início a um programa de exercícios terapêuticos e reeducação postural para prevenir a recorrência da lesão e o aparecimento de outras.

Perigos

Ambas a mobilização e manipulação articular possuem indicações específicas de aplicação, e se aplicadas incorretamente, podem causar danos. Jamais devem ser realizadas por alguém que não possua formação profissional para tal. O fisioterapeuta manipulativo está ciente das indicações e contra-indicações das técnicas. Por exemplo, em uma situação em que um nervo está inflamado, o alongamento do músculo é contra-indicado, e com isso a dor nunca melhora. Não é raro ouvir pessoas dizerem não ter obtido êxito no tratamento com a Fisioterapia convencional. A chave do sucesso do tratamento é uma avaliação cuidadosa, para que a terapia não se transforme num problema crônico e sem resolução.

As respostas são para quais tipos de condições?

Tanto para casos agudos ou crônicos. O efeito analgésico (diminuição da dor) da mobilização articular já é visto no primeiro atendimento. Se o problema é devido ao fato do movimento normal da articulação estar restrito, isso pode levar à dor ou compressão de tecidos adjacentes e nervos. Uma vez reduzida a restrição, o movimento livre de dor e a função são restaurados. O fisioterapeuta manipulativo lida com todas as articulações do corpo.


Existe comprovação científica da aplicação de tais técnicas?

Existe hoje vasta evidência científica que comprova a eficácia da terapia manipulativa em várias disfunções, como por exemplo na lombalgia (Licciardone et al. 2003; Childs et al. 2004), síndrome do túnel do carpo (Rozmaryn et al. 1998; Akalinn et al. 2002), osteoartrite dos joelhos (Deyle et al. 2000) e do quadril (MacDonald et al. 2006), etc. Ambas as técnicas só devem ser aplicadas após uma criteriosa avaliação, realizada por meio de testes e protocolos científicos.
A Austrália é atualmente a referência mundial em pesquisa e cursos de pós-graduação em terapia manipulativa. Geoffrey D. Maitland, Brian Mulligan e Freddy Kaltenborn são fisioterapeutas renomados internacionalmente e reconhecidos como pioneiros da terapia manipulativa.

Onde posso encontrar um fisioterapeuta manipulativo?

Rodrigo Bernardes é fisioterapeuta (CREFITO 3/135682-F), especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional pela UNICAMP, e trabalha em atendimento particular com prevenção e tratamento de dor neuromusculoesquelética (lombalgia, hérnia de disco, artrite, artrose, tendinite, torcicolo, escoliose, dor na coluna, pescoço, ombro, joelho, quadril, tornozelo, etc). Possui formação internacional no conceito Maitland (mobilização/manipulação articular),Mobilização Neural (tratamento de compressão e inflamação de nervos), Movimento Articular Funcional, Movimento Combinado e Reeducação Postural Dinâmica (RPG Australiano) pelo Instituto Manual Concepts da Austrália, um dos institutos de terapia manipulativa mais respeitados internacionalmente. Também possui formação internacional em Pilates Clínico Funcional pelo Instituto Australiano de Fisioterapia e Pilates de Londres (APPI).


Contato: ftrodrigobernardes@gmail.com

Bibliografia:

Gwendolen Jull. Use of high and low velocity cervical manipulative therapy procedures by Australian manipulative physiotherapists. Australian Journal of Physiotherapy 2002 Vol. 48

International Maitland Teachers Association (http://www.imta.ch/)

New Zealand Manipulative Physiotherapists ASSOCIATION INC. (http://www.nzmpa.org.nz/)

The mechanisms of manual therapy in the treatment of musculoskeletal pain: A comprehensive model. Joel E. Bialosky, Mark D. Bishop, Don D. Price, Michael E. Robinson, Steven Z. George. Manual Therapy Vol 14, issue 5. October 2009, 531-538.

T. M. Hall, R. L. Elvey. Nerve trunk pain: physical diagnosis and treatment. Manual Therapy Vol 4, Issue 2, May 1999, Pages 63-73.